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IMPACTO DAS ALTAS TEMPERATURAS NA SAÚDE

Postado por: Dr. Paulo Barros 0 Comentario(s)
IMPACTO DAS ALTAS TEMPERATURAS NA SAÚDE

Ainda falando sobre o calor e aquecimento global a mudança climática tem sido definida como uma “ameaça global a saúde neste século” (Lancet , 373 ( 9676 ) ( 2009 ) , pp. 1693 – 1733). Outros autores descrevem um “risco inaceitável e catastrófico para nossa saúde (Lancet , 386 ( 10006 ) ( 2015 ) , pp. 1861 – 1914). Existe o reconhecimento pela “Organização Mundial da Saúde” em populações com pouca infraestrutura sendo o impacto do calor maior em pessoas com baixo acesso aos recursos necessário no controle ao calor.(www.who.int/mediacentre/factsheets/fs266/pt).

Vários estudos em diversas partes do planeta demonstram o risco de doenças e mortes causado pelas mudanças climáticas extremas. Notou-se que a ocorrência de doenças tinha relação com idade, comum em idosos e crianças, porém a mortalidade mostrou-se mais significativa dada a condição social das pessoas. Ao que parece sugere-se que aqueles que apresentam maior cuidado com a própria saúde consegue contornar melhor o impacto sobre estas variações no clima. O impacto do calor é maior em pessoas com fatores predisponentes como alterações prévias cardiovasculares, cerebrovasculares, respiratórias, endócrinas e transtornos mentais. Nestes é mandatório o melhor controle de suas alterações prévias o que resulta numa melhora para a resposta do organismo frente ao calor. É comum em alguns casos a pessoa descobrir que possui alguma doença prévia somente em condições em que o organismo se expõe a um fator estressante.

Existe o conceito de “ilha de calor urbano” – que são condições criadas em áreas urbanas resultante de atividades e estruturas criadas pelas cidades. Nestes as temperaturas atingem níveis alarmantes sendo mais encontradas em cidades com populações crescentes e que tornam ainda mais vulneráveis os países em desenvolvimentos.

De qualquer forma, o mais importante para a prevenção de uma ocorrência súbita pela ação do calor é o prévio conhecimento da própria saúde. Os estudos apontam cada vez mais neste sentido. Assim é muito importante fazer uma avaliação física com certa frequência, principalmente naqueles que exercem atividades estressantes, física de impacto e também nas conformidades por faixa etária. Já naqueles com alterações conhecidas prévias como insuficiências vasculares periféricas, hipertensão, diabetes, dislipidemias devem controlar suas alterações e realizar seus exames clínicos e laboratoriais rotineiramente.

Health & Place

Volume 53, September 2018, Pages 210-218

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