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OS CUIDADOS PARA AS GESTANTES EM VIAGENS

Postado por: Dr. Paulo Barros 0 Comentario(s)
OS CUIDADOS PARA AS GESTANTES EM VIAGENS

Gestantes que pretendem viajar devem tomar alguns cuidados prévios. Primeiro - uma boa avaliação clínica a respeito de como estão as suas condições de saúde e se há a necessidade de maior atenção específica, principalmente naquelas que já tenham doenças crônicas prévias (como hipertensão e diabetes); é importante também ter conhecimento sobre os locais de saúde para onde vai viajar para que, em caso de necessidade, saiba onde possa ser atendida. É fundamental saber se há no local de destino fatores de risco ambientais como doenças infecciosas e procurar saber, caso ocorra, a presença de doenças parasitárias, tais como hepatite E, malária, arboviroses, etc. Lembrar que a gestante tem uma imunossupressão relacionada a gestação. Ter as devidas orientações como vacinações específicas e também conhecimento quanto a medicações que porventura venha necessitar a usar. Importante lembrar quanto aos custos – ou realizações de seguro viagem – para se arcar com um atendimento, tratamento e transporte incluindo para antecipação de retorno, caso necessário.

Sempre é muito importante, ao viajar, lembrar de levar uma cópia do cartão de seguimento do pré-natal e algumas medicações mais simples que possam vir a ser úteis e que, em geral, são usadas na gestação como antieméticos, antiácidos e antitérmicos. Para aquelas gestante que ficarão muito tempo viajando, seria importante realizar um controle de pré-natal  mesmo estando fora, lembrando que até o sétimo mês do pré-natal habitual as consultas podem ser mensais até o sétimo mês e a partir daí seriam quinzenais até o parto.

O período mais seguro para realizar viagens, de acordo com o Congresso Americano de Ginecologistas e Obstetras, é no segundo trimestre da gestação. Gestantes tem maior instabilidade nos primeiros três meses de gestação.

No tocante ao clima: em locais tropicais ou em locais onde o clima é muito quente deve-se considerar um limite nas atividades físicas principalmente nos horários de maior calor.

É contra indicado realizar viagens intercontinentais nas seguintes situações:

- doenças crônicas: doenças valvulares cardíacas; anemia severa, tromboflebite;

-contraindicações obstétricas: pacientes com histórias de perdas fetais, gestação ectópica ou trabalho de parto prematuro; hipertensão arterial, história de diabetes gestacional; iminência de aborto ou sangramento vaginal durante a gestação; primigesta com idade maior que 35 anos ou menor que 15 anos;

-fatores de riscos ambientais: altas altitudes, doenças transmissíveis por água ou comida, áreas endêmicas de malária onde há resistência confirmada pelo plasmodium para cloroquina.

 

VIAGENS DE AVIÃO

Em geral a viagem de avião é segura para gestantes. Entretanto existem certas restrições legais envolvidas. Existe a exigência de atestado médico liberando a viagem para as pacientes até a trigésima sexta semana de gestação para voos domésticos e até 35 semanas para voos internacionais.

Geralmente a pressão atmosférica é reduzida nas aeronaves, equivalendo-se a pressão de altitudes de 1800 a 2400 metros acima do nível do mar. Reduzida pressão de oxigênio diminui a oxigenação fetal, porém a hemoglobina (proteína que carrega oxigênio no sangue) no feto tem maior avidez ao oxigênio que o da mãe. Isto diminui muito a chance de o bebê ter menor quantidade de oxigênio e sofrer com isto durante uma viagem. É normal na gestação ocorrer uma discreta anemia nas mães, pois há durante a gestação um acúmulo de líquidos no corpo “diluindo” assim o sangue e causando uma anemia discreta na gestação. Se esta anemia é mais pronunciada (valores de hemoglobina abaixo de 8,5 g/dl), isto torna a viagem aérea contra indicada. Nos casos onde é imperativo viajar, pode-se considerar uma suplementação de oxigênio durante o voo nestes casos de anemia mais severa. Em mulheres gestantes com anemia falciforme tais viagens são de alto risco e neste caso uma avaliação prévia médica é mandatória.

Outra questão se refere a umidade relativa do ar que na cabine de voo gira em torno de 8%, o que é bem baixa. Neste caso a demanda por água aumenta, sendo necessário ingerir ao que seria o equivalente de 3 a 4 litros de água por dia. Importante a movimentação na cabine para minimizar o risco de trombose em pernas – o que na gestante é um risco maior tendo em vista a sua composição hormonal na gestação, a compressão que o útero faz no abdômen e nos membros inferiores e consequente alteração na circulação do sangue. Daí ser fundamental caminhar a toda hora na cabine e realizar exercícios isométricos em membros e usar meias compressivas em pernas, devidamente orientadas por médicos. Ainda que o AAS tem efeito preventivo trombótico em alguns casos, ele não é recomendado na gestação, principalmente no terceiro trimestre da gestação. GESTANTES COM HISTÓRIAS PRÉVIAS DE TROMBOSES OU COM FATORES PREDISPONENTES DEVERIAM ANTES CONVERSAR COM OS SEUS MÉDICOS!

E lembre-se que sempre em caso de dúvida referente a sua saúde  o melhor profissional para tirar suas dúvidas é o seu médico!

Referência:

(Int Marit Health 2018; 69, 1: 63–69)

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